Qual o próximo passo do sistema financeiro depois da revolução do PIX?

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6 de maio de 2022

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Se há alguns anos um processo de várias etapas era um fardo obrigatório na relação entre clientes e setor financeiro, hoje é motivo para aversão e perda dos clientes. Cada vez mais, diminuir ou até anular esses passos (steps, na linguagem do mercado) é uma questão de sobrevivência para os bancos tradicionais, de continuidade para as fintechs, e um ponto inicial para as instituições financeiras recém-chegadas ao mercado. Centralidade no cliente, personalização e experiência do consumidor estão entre as frases preferidas no setor. Porém, falta ir mais a fundo, e de fato buscar soluções para do extremo norte ao extremo sul.

A NTT DATA, uma das maiores consultorias de tecnologia e negócios do mundo, realizou o estudo “O significado do dinheiro” e identificou alguns desses pontos. Um grande destaque é como o PIX – criado criado pelo Banco Central (BC) e operacionalizado em novembro de 2020 – se tornou rapidamente a forma de pagamento preferida dos brasileiros. Na pesquisa, 69% dos entrevistados afirmaram que o PIX é o meio favorito para fazer pagamentos, já para 83% é o meio preferido para receber pagamentos.

Na avaliação de Diego Alves Selistre, chefe de pesquisa e estratégia do Chazz, divisão de design e inovação da NTT Data, o PIX é um grande caso da digitalização no território brasileiro.
A partir de agora, qualquer novo produto financeiro precisa ter como característica a rapidez, a simplicidade, e disponibilidade imediata, por exemplo. “Temos uma questão muito importante, que é o Brasil de verdade.
Pessoas que moram em grandes capitais e pessoas que moram em áreas rurais e áreas florestais. Nem sempre a linguagem e os steps para acessar determinado serviço são compreendidos. O PIX tem essa força porque ele consegue juntar as principais características: facilidade no uso, sem intermediários, disponível 24 horas, forte instantaneidade e rapidez. Os meios de pagamento, principalmente os novos, precisam responder a essa questão que faz parte do dia a dia do brasileiro. É um povo que trabalha e fica muito tempo no trânsito, por exemplo. Todo meio de pagamento que trouxer agilidade, praticidade e facilidade de interação, vai ter um destaque”, menciona.

Oportunidade de negócios

Segundo levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a abertura de pequenos negócios no país bateu recorde em 2021, com 3,9 milhões de empreendedores regularizados. número representa crescimento de 19,8% em relação a 2020 e aumento de 53,9% em relação ao ano de 2018, na pré-pandemia.
O Sebrae identifica que a pandemia forçou muitas pessoas a seguirem no empreendedorismo por necessidade e falta de oportunidade no mercado de trabalho formal.
É nesse contexto que entram soluções de serviços financeiros com benefícios para esta população, conforme identifica a pesquisa da NTT Data.

O estudo observa as fintechs na liderança do processo de oferecer boas soluções, com ferramentas que possibilitam maior acesso ao mercado. Porém, para Selistre é necessário ir além. “As fintechs conseguem oferecer produtos e se aproximar da vantagem de ter poucos steps, mas olhando para o Brasil hoje, independente se for um banco tradicional, fintech ou a próxima solução, é necessário responder o que é o Brasil de verdade. Hoje temos pessoas endividadas e o acesso ao crédito, por exemplo, que ainda não é algo muito simples e fácil. O ponto é como ajudar o brasileiro a ter uma vida mais fácil”, avalia.

Fonte: Veja

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