PANDEMIA EXIGE MUDANÇA CULTURAL NAS ORGANIZAÇÕES

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8 de março de 2022

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O novo cenário com a COVID-19 ampliou nas empresas o desejo de oferecer mais segurança no processo de gestão, no relacionamento com os funcionários e clientes, mas é preciso ter equilíbrio entre a segurança e liberdade. Temos uma nova realidade cultural e econômica com o momento pandêmico, pois instalou-se uma crise como nunca vista com relação a sua complexidade, envolvendo aspectos econômico-financeira, sanitária, antropológica e afetiva.

     Nesse momento, os empresários, executivos e gestores precisam estar conscientes que o mercado não será mais o mesmo, parte ainda não entendeu, precisando rever as suas visões sistêmicas sobre a gestão nestes tempos, e as vezes dar um passo para trás será importante para a sobrevivência nesse novo momento. Atualmente percebe-se dois tipos de organizações, as startups com o DNA de liberdade criativa e correndo riscos, e companhias maduras, cheias de processos e controles, buscando mais segurança e com aversão a riscos.

     As empresas terão um longo caminho para enfrentar o novo cenário com a mudança nos valores e no que se deseja da vida, pois muda o que as pessoas querem consumir, como querem trabalhar e viver no cotidiano, e tais mudanças são significativas, exigindo que as organizações revisem sua cultura para se manter saudável nessa chamada crise antropológica. E a empresa precisa encontrar um equilíbrio entre a liberdade e a segurança, pois liberdade sem segurança é transtorno e segurança sem liberdade é subordinação. A crise pandêmica envolve a gestão em dois momentos, com ações de racionalização, com redução de custos, mais eficiência e produtiva, com investimento em tecnologia e ações relacionadas ao apoio às pessoas, à vitalidade da cultura organizacional, à inovação, a novos negócios e crescimento.

Então, a crise atual realmente é uma oportunidade ou ameaça, as empresas precisam remodelar a cultura para que seja compatível com a lógica digital e adaptável às variáveis que forem surgindo no mercado. Acredito que a cultura que permite mais autonomia para as pessoas na tomada de decisão, é aquela mais ágil, flexível e dinâmica com espírito de startups.

Por onde podemos começar para iniciar a estratégia de mudança cultural nesse novo momento do mercado?   Primeiro devemos olhar para dentro da empresa revendo o chamado mix de comportamentos e dos valores, crenças e propósito, que muitas vezes são subentendidos pelos colaboradores, clientes e stakeholders. O Grupo Datacenso tem feito mapeamento para entender o nível de entendimento do público quanto ao foco (interno e externo) e o posicionamento da organização, através da ferramenta desenvolvida para esse fim. Através desse estudo, a empresa consegue entender como ela é percebida atualmente e como as pessoas gostariam de vê-las no futuro, envolvendo as dimensões: características, liderança, gestão de pessoas, alinhamento com o proposito, foco estratégico e visão de sucesso.

Enfim, devemos estar conscientes que esta crise é muito diferente das outras, portanto fica a reflexão sobre as mudanças necessárias na cultura organizacional para que a empresa possa continuar competindo no mercado e melhorando os seus resultados. O papel da liderança nas organizações será fundamental, apoiando e incentivando as pessoas a encontrarem soluções que as façam se sentir melhor.

“As empresas não saem do mercado somente por fazer as coisas erradas, também saem do mercado por fazer as coisas certas durante muito tempo”.

Pense nisso!

Autor, Prof. Dr. Claudio Shimoyama, CEO do Grupo Datacenso, Consultor em Marketing Estratégico e Mentor empresarial.

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