FOCO E DIREÇÃO NA ESTRATÉGIA EMPRESARIAL

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12 de julho de 2022

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“Se um homem não sabe a que porto se dirige, nenhum vento lhe será favorável. (Seneca)

Sabemos que é no foco que se determina a direção. Outro dia, ouvi que quando uma empresa foca apenas no cliente provoca uma espécie de cegueira.

Vivemos atualmente em um mundo que eu chamo de pista rápida, onde a verdade passa a ser provisória. O mundo está cada vez mais ágil, flexível e muito competitivo quando se fala em termos de estímulos, comunicação, marketing, vendas, tecnologia e inovação, com “espirito de startup”. Entre as marcas mais valiosas do planeta aparecem as americanas Apple, Amazon, Google e Microsoft, que servem de exemplos quando se fala em foco e direção, pois suas estratégias de marketing são agressivas e muito ferozes para conquista de mercado.

Sabemos que o Foco é uma medida de atenção e muito importante para obtenção de elevados níveis de performance na gestão empresarial. Uma boa gestão de atenção permite a elaboração de estratégias de marketing e vendas mais seguras e assertivas.

E para termos uma profundidade do foco, a nossa mente precisa de um grande esforço de concentração e quando estamos trabalhando em equipe, o processo de concentração é mais complexo, pois exige muita atenção de todas as áreas envolvidas. Todos devem ter uma direção clara e sólida para uma excelência colaborativa de alto rendimento.

Em tempo de crise, por exemplo, é muito habitual vermos disparar a comunicação e as reuniões de emergência que, se não forem bem administradas, podem tornar as discussões improdutivas e desanimadoras. Deve haver um foco definido, antes da convocação. E sabe-se que demasiadas urgências indiciam falta de planejamento.

Então, o foco é crucial para se conseguir uma grande produtividade e um elevado nível mental que permita a elaboração de plano de ações coorporativos com rumo e direção certa. O processo mental é uma medida de atenção, fundamental, frágil e limitada, portanto, requer muito preparo dos líderes na gestão da atenção. Fazer muitas coisas ao mesmo tempo e interrupções frequentes podem constituir ameaças sérias ao índice do foco, e mesmo limitar a profundidade do raciocínio, a ponto de prejudicar a tomada de decisão.

O foco depende muito do contexto, porque parte da nossa mente reage automaticamente aos estímulos externos – por isso devemos ter cuidado do que está ao nosso redor. O gestor poderá sentir-se pressionado a responder com rapidez a tudo que lhe chega, mas uma elevada responsividade, pode comprometer a qualidade da resposta. Temos que rever a cultura organizacional nesse novo momento chamado de 4.0. Temos que desaprender e reaprender, desconstruir e reconstruir os processos de tomada de decisão. Temos que rever a missão, os objetivos e as métricas de marketing e vendas. Nessas áreas, os hábitos antigos e formas de trabalhar intuitivas podem conter armadilhas. As empresas devem elaborar planos e estratégias de formas diferentes e introduzir novas tecnologias, inovações e novidades na arte de conquistar e manter os clientes. A maioria das organizações ainda está com olhar do mercado chamado de 2.0.

Portanto, avalie o seu nível de focalização, melhore o nível de informação inteligente, introduza cadência nos processos de trabalho, reduza o nível de intuição, responda de forma mais segura e com base em dados estatísticos.

Enfim, o índice de qualidade de foco dependerá do nível de segurança do gestor quanto as suas escolhas sólidas com relação a direção que irá tomar. Como diz uma passagem bíblica, “se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Pense nisso!

Autor: Prof. Dr. Claudio Shimoyama, CEO do Grupo Datacenso, Consultor em Marketing Estratégico e Mentor empresarial.

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